Veja 4 empreendedores que investiram em crises no Brasil

Diante de tantas incertezas trazidas pelas crises econômicas, alguns negócios foram iniciados e aumentaram suas conquistas enxergando luz no final do túnel.Hoje, o COVID-19 trouxe uma reflexão sobre como encontrar soluções diante de desafios criados pela pandemia.

Segundo o último relatório anual do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado em 2020 com dados de 2019 e realizado no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), empreender ocupa o quarto lugar na lista de desejos, atrás apenas de comprar um carro, viajar pelo Brasil e ter a casa própria.

Os primeiros passos para o crescimento nesse período desfavorável são sempre os mais difíceis, mas muitos pontos positivos são encontrados nesse momento econômico e, por isso, muitos que persistiram hoje estão faturando e vendo os seus frutos.

Pensando nisso, separamos 4 histórias inspiradoras de pessoas que investiram na durante a crise.

Diogo Ramin

Quem vê hoje Diogo com 7 unidades de franquias do Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos) não imagina que ele largou tudo em 2002 para realizar o sonho de ser um empreendedor. Ele não tinha muito dinheiro no início e precisou passar um tempo dormindo dentro da sua primeira unidade. “Eu vejo neste cenário, que a crise é a oportunidade. Justamente pela área do nosso ramo ser a educação. Diante da crise o mercado busca por pessoas qualificadas e é nisso que eu acredito!”, diz Diogo. Neste ano ele adquiriu a franquia em Cricíuma, Santa Catarina. Mesmo sem saber da crise a unidade já bateu as metas do antigo gestor. Hoje ele tem um grupo de investimento com outros sócios no Cebrac.

Fabiano Castro

Em 2007, ele largou tudo em São Paulo e decidiu abrir a franquia da Minds Idiomas em Belém do Pará. Junto com o amigo e sócio Tel, iniciaram do zero. Montaram uma equipe do zero, em uma cidade até então para eles desconhecida e com valores culturais muito diferentes que ambos estavam acostumados. Hoje, Fabiano é Diretor da Minds Idiomas e tem 16 franquias, e sonha com a internacionalização da rede. “O principal fator para nossos investimentos mesmo na crise tendo dado tão certo foi termos uma equipe bem estruturada, motivada e um total planejamento das nossas ações. Constantemente averiguando os processos e as pessoas”, diz Fabiano.

Vagner Simões

Em 2013, Vagner era funcionário de uma grande seguradora que ainda estava vivendo os impactos da crise de 2008. Apesar disso, decidiu levar adiante seu sonho e se tornar empreendedor e investir em uma franquia na Casa de Bolos.

“Uma das melhores oportunidades que encontrei naquele momento foi o preço dos aluguéis, que estavam bem atraentes. Além que havia profissionais competentes disponíveis no mercado, pois o desemprego estava em patamares elevados e a mão de obra era farta” . Para ele, quem vai começar um negócio agora, é preciso entender que esse é o momento de aproveitar as oportunidades. Enxergando nas coisas negativas uma saída para o crescimento profissional e pessoal.

Wagner Cipriano

Wagner, investiu em 2008 na franquia da Casa do Construtor em um período de crise. Ele e o sócio tínham conhecimento sobre o mercado da construção civil. Além disso, segundo ele havia melhores opções de imóveis para aluguel. Assim, todas as negociações foram facilitadas pela crise, era uma oportunidade, pois tínhamos certeza de crescimento da Construção civil.

“Penso que empreender no momento é muito difícil, pois a recuperação dos negócios em geral deve acontecer somente no próximo ano.Mas este é um bom período para definir um projeto de negócio, preparar alternativas, seleção dos pontos para abertura, opção de fornecedores, ou seja, para fazer pesquisas.É importante ficar de olho na virada do mercado para estar pronto para iniciar antes dos concorrentes do segmento que definir.” conclui Wagner.