Parcela de consumidores que pretende comprar algum produto parcelado cai 12% em fevereiro

A parcela de paulistanos que pretendem comprar algum produto financiado ou parcelado caiu 12%, ao passar de 51,3 pontos em janeiro para 45,2 pontos em fevereiro. Contudo, se comparado ao mesmo período de 2018, houve alta de 3%. Isso significa que 21,9% dos paulistanos declararam ter a intenção de comprar um produto com pagamento parcelado ou financiado nos próximos três meses.

Os dados compõem o Índice de Intenção de Financiamento, um dos componentes da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A PRIE também apontou que 34,8% dos paulistanos endividados declararam ter reserva financeira em fevereiro, ou seja, diante de um imprevisto no orçamento familiar, esses consumidores teriam condições de pagar, pelo menos, parte das dívidas. O índice de segurança de crédito dos endividados subiu 9,3% – de 63,7 pontos em janeiro para 69,6 pontos em fevereiro.

O índice geral apontou alta de 5,1%, 83,1 pontos no mês atual, ante os 79,1 pontos em janeiro. A segurança de crédito dos não endividados também obteve alta de 5,3%.

De acordo com a FecomercioSP, a intenção de financiamento tem correlação direta com a expectativa profissional, mas também reage conforme a sazonalidade. Além disso, após os exageros de Natal e em meses que o décimo terceiro salário não entra, é normal que as famílias estejam mais empenhadas em quitar as dívidas passadas do que em criar novos compromissos. 

Ainda segundo a Entidade, com relação à segurança de crédito, o indicador é, de forma geral, volátil, mas tem mostrado ligeira elevação em relação ao ano passado. A segurança de crédito, por exemplo, variou para cima e para baixo nos últimos anos com pouca indicação de mudança de tendência mais acentuada à exceção de poucos momentos. O que se pode dizer é que o mercado financeiro e as famílias no Brasil estão muito bem adaptados a períodos de crise e às restrições de crédito.

Aplicações

A poupança segue como a modalidade de aplicação preferida dos paulistanos – em fevereiro, 58,9% escolheram essa opção de investimento. A preferência pela renda fixa passou de 20,9% em janeiro para 18,3% em fevereiro. A renda variável subiu 5,3% em fevereiro, ante os 3,8% em janeiro.

Sobre a PRIE

A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, gerando um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.