O que devemos considerar no custo de vida de cada país

Moeda, transporte e lazer são questões que devem ser levadas em conta na análise dos gastos no país de destino

Organizar as finanças para conseguir estudar no exterior é um dos projetos de vida que ganhou destaque no Brasil. Uma recente pesquisa realizada pela Belta – Brazilian Educational & Language Travel Association, indica que o brasileiro passou a investir 82% a mais em viagem educacional em 2016 e a tendência é continuar a crescer em 2017 e 2018.

Para ajudar os futuros intercambistas, os especialistas Fabiana Fernandes, gerente de produtos da CI Intercâmbio e Viagem, e o Thiago Nigro, criador do canal no Youtube O Primo Rico, destacam alguns pontos fundamentais na hora de organizar as finanças para fazer o intercâmbio.

Fique de olho na Moeda do país                                           

De acordo com Thiago Nigro, buscar conhecer sobre a cotação em cada país é fundamental. “Ao entender um pouco sobre câmbio e economia ao ponto de identificar, pelas notícias, a possibilidade de mudanças na taxa de câmbio, você já fica mais preparado para se aproveitar disso. Se a taxa pode subir e encarecer o dólar, faz sentido que você compre dólar em um cartão pré-fixado, para fixar a taxa de câmbio do momento atual e não sofrer no futuro ao ser obrigado a comprar dólar mais caro”, exemplifica.

Escolha bem a acomodação

A escolha entre Homestay (casa de família) ou residência estudantil é sempre difícil, mas o ideal é escolher algo mais a ver com o estilo do viajante. “Se a pessoa for bastante ativa e gostar de se socializar, por exemplo, compensa escolher a residência estudantil. Porém, se o intuito é conhecer a cultura local, a experiência em uma casa de família poderá agregar mais”, explica Fabiana.

Pesquise sobre o transporte na região

Muitas vezes esquecido, o transporte é um fator bastante importante para definir o custo de vida de um lugar. “Cada lugar tem sua peculiaridade, alguns oferecem planos semanais/mensais com passagens ilimitadas por dia, outros são separados por zonas e quanto maior o número de paradas, maior a tarifa e há ainda os que cobram uma tarifa maior para horários de pico”, diz a gerente.

Pense nos hábitos alimentares

Se o intercambista não pretende fazer compras no mercado ou mesmo cozinhar, uma ótima opção para economizar é ficar em uma casa de família, com direito a café da manhã e jantar.

“Muitos países são diferentes do Brasil, e são diferenças que mudam os nossos hábitos. Pensando nisso, eu acredito que pesquisar sobre os hábitos e sobre as características do país para qual estamos indo e, além disso, também nos preparar antecipadamente na adaptação dos costumes, nos ajuda bastante a pensar o orçamento”, explica Nigro.

Não esqueça a hora do lazer

Um fator bastante subestimado é o lazer, no entanto, ele é uma parte significativa do intercâmbio, e é preciso separar uma quantia específica para essa finalidade.

“Muitos pontos turísticos como museus, igrejas e até mesmo parques podem ser visitados sem nenhum custo, porém, deve-se considerar também as festas, as viagens e os demais pontos turísticos que tem um custo de admissão. Portanto, é importante reservar uma quantia para esses possíveis passeios”, conclui a gerente.