O bê-a-bá do ciclismo nos Jogos Olímpicos Rio 2016

Imagine a cena: 19 dias de competição, com 42 esportes olímpicos sendo disputados em 306 provas que valem medalhas. Sim! Essa é Olimpíada que vai agitar o Rio de Janeiro e mexer com o Brasil e o mundo, de 3 a 21 de agosto. E o ciclismo chega a todo vapor nesse meio!

A prática, que tem como objetivo fundamental chegar primeiro a determinada meta ou cumprir determinado percurso no menor tempo possível, sobre uma bicicleta, surgiu como esporte no século XIX, na Inglaterra. E faz parte dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição da Era Moderna (1896) do evento, realizada em Atenas.

Aos poucos, o esporte foi se desenvolvendo e ganhando modalidades distintas, classificadas por percursos, tipos de bicicletas e espaços de realização das provas. As competições de ciclismo são divididas em quatro modalidades principais: pista, mountain bike, estrada e BMX.

Na opinião de Fernando Lucas, ciclista e diretor executivo da Sportix Bike Shop, rede de bicicletas e acessórios voltada a ciclistas profissionais e amadores, pioneira no Brasil, todas vêm se consolidando cada vez mais como modalidades olímpicas consistentes e importantes nos Jogos: “Cada uma tem seu papel e peso na história do ciclismo brasileiro e mundial. Quando uma nova modalidade é inserida na lista oficial dos jogos, nós (empresários do ramo e esportistas) e todos os outros apaixonados por bike nos sentimos com a sensação de ‘dever cumprido’ – fomentar a cultura de bike pelo mundo e mostrar que andar de bicicleta não é moda, mas sim, um estilo de vida”, explica.

Lucas ressalta que, entre as categorias do esporte, a mountain bike vem se destacando muito, principalmente, entre os iniciantes. “É praticada na bicicleta de mesmo nome e porporciona boa aderência nas pistas, conforto e segurança para quem está começando. Além disso, o fato da modalidade ser comum em áreas abertas e naturais, também atrai muitos novos adeptos do esporte”. No entanto, ele nos lembra da importância de todas as provas de ciclismo que veremos nos próximos dias no Rio de Janeiro.

Ciclismo de Estrada: Um teste de resistência

Com as curvas da cidade como pano de fundo, a modalidade consiste em dois tipos principais de provas: resistência (para homens são 195 km e, para mulheres, 70 km) e contra o relógio (os ciclistas partem de dois em dois minutos e vence quem fizer o menor tempo). As primeiras competições oficiais ocorreram em Paris, no final do século XIX. Os atletas Henry Hansen, da Dinamarca, e Jeannie Longo-Ciprelli, da França, fizeram história nessa modalidade, como os maiores medalhistas da categoria. “Esse clássico do ciclismo faz parte dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição do mesmo, por isso, é muito importante”, lembra Lucas.

Para o Rio de Janeiro, o catarinense Murilo Fisher e o paraibano Kleber Ramos são os grandes nomes do Brasil. “Murilo tem mais de de 10 anos experiência no ciclismo profissional e participa agora de sua quinta Olimpíada. A minha torcida e expectativa sobre o desempenho dos dois é grande!”, confessa Lucas.

Ciclismo de Pista: Lindo de se ver
Combinando velocidade, tática e bicicletas sem freio, essa é também uma das provas mais bonitas de se assistir nos Jogos Olímpicos. Ela é dividia em: velocidade, perseguição individual, perseguição por equipes, velocidade olímpica, corridas por pontos, quilômetro contra o relógio, madison (uma hora de corrida para cada ciclista, sendo o vencedor aquele que fizer mais voltas) e keirin (oito voltas na pista em que os ciclistas devem acompanhar uma bicicleta motorizada).

“É eletrizante e muito bela de ser ver. O que mais me chama a atenção é o velódromo. Uma super construção localizada no Parque Olímpico na Barra da Tijuca de encher os olhos. E a pista parece estar em ótima qualidade, pronta para pedaladas muito rápidas e altas velocidades”, conta o empresário.

Mountain Bike (MTB): Em meio à natureza
Também conhecido como “ciclismo de aventura”, são competições disputadas em locais abertos, com muita natureza, para quem gosta de aventura. E dentro dessa modalidade existem várias categorias, como: Cross Country, praticada em terreno irregular com muitas subidas e descidas; Free Ride, em pistas com muitos saltos e descidas; e a Downhill, somente descida em alta velocidade. Vinte anos após sua estreia Olímpica, em Atlanta 1996, o esporte tem disputas individuais, com pódios masculino e feminino, no Rio 2016.

“Destaco aí a minha torcida pela brasileira Raiza Goulão, que será a única representante brasileira do MTB brasileiro nos jogos”, adianta Lucas. A goiana de 25 anos é bicampeã brasileira de Mountain Bike Cross Country.

BMX: Adrenalina e frio na barriga
Nessa modalidade, que estreou nos Jogos Olímpicos em Pequim 2008, os atletas competem com bicicletas de rodas de vinte polegadas de diâmetro, ou seja, pequenas, consideradas para um homem adulto. As provas ocorrem em pistas de 350 metros com diversos obstáculos nos estilos corrida (BMX Racing) e manobras (BMX Freestyle). No Rio 2016, as disputas serão individuais, com pódios masculino e feminino. “Certamente, é a mais eletrizante das provas de ciclismo – tanto pra quem pratica quanto para quem assiste”, conta Lucas.

A favor do bom desempenho
Bikes, acessórios de segurança, roupas e complementos de última geração também são fundamentais para todas essas competições. Hoje em dia, existe muita tecnologia aplicada em uma roupa de ciclismo, aliás, sempre houve, porém, o desenvolvimento de novos produtos para atletas é cada vez mais exigente e voltado para a performance. Isso fez com que esses produtos chegassem também às prateleiras das lojas de bike para consumidores de todos os tipos.

O dono da Sportix Bike Shop exemplifica: “Existem muitos tecidos especiais que evitam o excesso transpiração, que garantem a proteção do sol e da chuva e que evitam assaduras. Além disso, com roupas modeladas e ajustadas de forma ideal, o atleta consegue obter muito mais velocidade e resistência”.

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