Internacionalização de franquias: vale a pena investir?

Dados recentes divulgados pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) apontam a internacionalização de franquias como um movimento que está em pleno crescimento e, com isso, uma possibilidade de negócios promissor para o empreendedor brasileiro. O segmento é atraente e oferece alternativas para quem quer ter um negócio em outros países.

Segundo Julio Segala, que atua há mais de 20 anos no setor de franquias, “entrar em novos países é uma boa oportunidade para as empresas franqueadoras, pois há um grande mercado que ainda não teve acesso ao produto/serviço oferecido pela marca”, diz o executivo.

Um estudo realizado em 2018 pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) aponta que existe 145 redes nacionais com operações em 114 países. Em 2017, o número era de 142 redes, em 100 países.

Além das vantagens, para o negócio se tornar ainda mais atraente e rentável para o franqueado, é importante fazer uma imersão nas legislações tributária, trabalhista e aduaneira, para evitar imprevistos com a parte burocrática. “Analisar com atenção o modelo de negócio da marca e verificar como será feito o suporte operacional da franquia em outro país também precisa constar no processo de preparo para ingressar no novo mercado”, acrescenta Julio, que também é diretor de marketing e expansão do Kumon América do Sul.

Vantagens

Entre outras, a oportunidade de entrar em um mercado que ainda não foi explorado e conquistar clientes que ainda não tiveram acesso ao produto/serviço oferecido pela marca, possibilidade de atingir novos públicos, de expandir os negócios em uma região ainda pouco explorada. Dependendo do nicho de mercado, se já estiver saturado no país de origem, pode ser vantajoso começar o negócio em outro território, já que o franqueado terá o suporte necessário da rede franqueadora para crescer e conquistar novos mercados.

Para onde ir?

Segundo dados da ABF, os Estados Unidos é o principal destino das marcas brasileiras no exterior, com 59 redes operando localmente. Portugal se mantém como o segundo país mais procurado, com 34 marcas, e o Paraguai em terceiro, com 32 redes. Mas, o empreendedor, com o suporte do franqueador, por escolher qualquer país do mundo para iniciar um novo projeto.

O Kumon, microfranquia referência mundial em educação realizou em 2018 um grande estudo do mercado e da legislação no Uruguai para montar um modelo de negócios atrativo para expandir o negócio. No início de 2019 começou o trabalho em campo para divulgar a marca e o modelo de negócio da franquia e a primeira unidade no país já opera na cidade de Montevideo. O plano de expansão para 2020 terá mais 4 unidades na cidade. Além do Uruguai, a marca ainda terá novas unidades na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Peru.

“Em uma franquia do Kumon, o franqueado é o operador do negócio, ele que recebe os treinamentos e aplica o método de estudo nos alunos. Os brasileiros que desejarem abrir uma franquia em qualquer um desses países onde atuamos, precisa morar no país que vai abrir a franquia”, completa Julio.

O Kumon ocupa o 7º lugar no ranking de maiores redes de franquias no Brasil¹ e foi eleita por quatro anos a melhor microfranquia do país², está presente em mais de 50 países e conta com mais de 4 milhões de alunos pelo mundo.

  • ¹ Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Franchising – ABF
  • ² Pesquisa realizada pela Pequenas Empresas & Grandes Negócios