Índice de Confiança do Consumidor cresce 5,3% e atinge 109,5 pontos em dezembro

A confiança do consumidor paulistano consolidou sua recuperação com a terceira elevação consecutiva. Em dezembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo atingiu 109,5 pontos, alta de 5,3% em relação aos 104 pontos vistos em novembro. Na comparação com o mesmo mês de 2016, quando o indicador marcava 110,7 pontos, houve redução de 1,1%.

 O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Os dois componentes do indicador cresceram na comparação com novembro. Impulsionado pelos recursos adicionais do décimo terceiro salário, o ICEA registrou elevação de 14,4%, ao passar de 72,4 pontos em novembro para 82,8 pontos em dezembro, a maior pontuação desde abril de 2015. Em relação a dezembro de 2016, o indicador registrou alta de 14,1%. O IEC avançou 1,8%, ao passar de 125 pontos em novembro para 127,2 pontos em dezembro. No entanto, no comparativo anual, o índice registrou queda de 6,6%.

 Segundo a assessoria econômica da Federação, o recebimento do décimo terceiro salário foi fator decisivo na avaliação dos consumidores em relação ao momento atual e às expectativas sobre os meses seguintes. Além disso, há uma atmosfera positiva, gerada por fatores como diminuição do custo de vida, melhores ganhos de renda, inflação mais baixa, resultados positivos do emprego e menor restrição na concessão de crédito.

 Gênero e renda

No resultado apurado pelo ICEA, a maior alta foi do grupo feminino, que cresceu 16,7%, ao passar de 64,8 pontos em novembro para 75,6 pontos em dezembro. O grupo de consumidores com idade até 35 anos também apresentou elevação de 17,8%, passando de 76,6 pontos em novembro para 90,2 pontos em dezembro. Em relação às expectativas, medidas pelo IEC, as mulheres também se destacaram, com alta de 3,3%, ao passar de 121,8 pontos em novembro para 125,8 pontos em dezembro.

 Os resultados dos dois componentes que integram o ICC mostram nitidamente a percepção das mulheres em relação à recuperação da economia, uma vez que elas normalmente são as responsáveis pelo orçamento doméstico.

 Metodologia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados junto a cerca de 2.100 consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

 Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.