Franquias são porta de entrada do jovem para o mercado de trabalho

As redes de franquias tradicionalmente costumam ser a porta de entrada do jovem para o mercado de trabalho. No Brasil, o setor segue em ritmo de crescimento e tem atraído cada vez mais candidatos em busca do primeiro emprego. O Cedaspy, rede de escolas de capacitação de jovens, percebe os benefícios desse tipo de oportunidade, como amadurecimento profissional e adaptação a situações diversas. Para o consultor de carreira da rede, Ricardo Alves, “o jovem tem vontade de trabalhar e a falta de experiência se torna uma vantagem para o empregador, que pode treiná-lo com o modelo do negócio”, conta.

Dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising) revelam a geração de mais de 123 mil empregos com carteira assinada no segundo semestre de 2019. Segundo a instituição, o segmento deve terminar o ano com aumento de 5% no número de trabalhadores, em relação a 2018.

Aos 19 anos, Raquel Ramos de Carvalho conquistou o seu primeiro emprego em uma rede de fast food de hambúrgueres, onde trabalha há nove meses. “Passei por várias etapas no processo seletivo e consegui a vaga por conta dos meus conhecimentos em informática”, diz. Para a estudante que sonha cursar Ciências Contábeis, a capacitação foi fundamental para ingressar no mercado de trabalho. “Além do aprendizado, o curso me ajudou a definir a profissão que quero seguir e também meu comportamento social. Eu era muito tímida e hoje, meu trabalho é lidar com pessoas. Levarei essa experiência para a vida toda”, afirma Raquel.

Perfil do profissional de franquia

Para conquistar uma vaga em uma rede de franquias, é preciso ter algumas habilidades essenciais, como proatividade e alta produtividade. “O atendimento em uma franquia de comida rápida, por exemplo, precisa de profissionais ágeis, com uma boa comunicação, espírito de equipe e capacidade para resolver problemas”, avalia Ricardo Alves.

O consultor de carreira ainda destaca um dos fatores mais importantes para alcançar o sucesso nesta carreira: a identificação com a marca. “Antes de se candidatar à vaga, é preciso avaliar o ramo de atividade da empresa e seus produtos. A ausência de empatia torna difícil a inserção do funcionário à cultura organizacional da companhia”, conclui o especialista.