Franquia de consertos ajuda consumidor a economizar

Minha costureira Meu sapateiro dá vida nova a peças do seu guarda-roupa

Todo mundo precisa de pequenos consertos de roupas ou sapatos no dia a dia. Mas nem todos têm habilidade para fazer isso. Será que vale a pena comprar uma peça nova? Ou consertar o que já se tem e assim economizar?

A franquia Minha costureira Meu sapateiro se propõe a fazer esses pequenos reparos com eficiência profissional. Apesar de ter sido importada, a ideia parece ideal para o Brasil de hoje, que mal começa a dar os primeiros passos fora da recessão.

Mas e quanto ao franqueado, ele precisa ter habilidades manuais? Quanto tempo terá que se dedicar à loja? Qual o valor desse investimento? Conversamos com Fábio Cesar Di Mauro, diretor de comunicação da marca, para conhecer melhor a franquia. Confira.

Mapa das Franquias: A rede Minha costureira, meu sapateiro tem uma história interessante com origens fora do Brasil. Poderia nos contar um pouco dessa trajetória?

Fábio Cesar Di Mauro: Nossa história começa nos anos 80, na cidade de Atlanta/EUA. Um engenheiro da Stanley, tradicional fábrica de equipamentos, decidiu criar um canal de vendas para máquinas de consertar sapatos. Esse canal foi uma franquia, que ele nomeou como Heel Sew Quik, que podemos traduzir como Sapataria e Costura Express. Nos anos 90, numa feira de franquias em Washington/EUA, meus pais tiveram contato com a marca e decidiram trazer ela pra o Brasil.

Mapa das Franquias: Quais as dificuldades ao se adaptar um negócio formatado para um mercado no exterior para a realidade de nosso país?

Fábio Cesar Di Mauro: A marca chegou ao Brasil nos anos 90 e, na época, a entrada de produtos importados era bem mais tranquila, pois o dólar custava praticamente o mesmo que o real. Dessa forma, mesmo com a tributação, muitos produtos, equipamentos e insumos, tanto para consertar calçados e roupas, eram importados, pois conseguiam chegar aqui com preços competitivos.

A maior dificuldade começou nos anos 2000, quando o dólar disparou, inviabilizando a importação. Foi preciso desenvolver todo um mercado de fornecimento interno e busca por empresas nos pólos calçadistas, como nas cidades de Franca, Jaú e Novo Hamburgo. Nesse momento, o contrato com o Franqueador norte-americano foi revisto, pois a marca teria de trabalhar com artigos nacionais.

Mapa das Franquias: Qual o perfil ideal de franqueado para a rede? Ele tem alguma semelhança com o franqueado americano?

Fábio Cesar Di Mauro: O perfil de franqueado ideal é a de gestor de pequenos grupos de pessoas e organizado quanto às finanças. O diferencial para um ponto de venda da Minha Costureira Meu Sapateiro, é que o Franqueado tenha condições de ficar na loja durante o primeiro ano da operação. Isso porque nossos serviços precisam ser executados com agilidade e em poucos minutos. A cultura da produtividade fica mais fácil ser assimilada pela equipe quando o responsável pela loja está ali presente. A principal diferença quanto ao treinamento do Franqueado americano e o que desenvolvemos para a marca aqui no Brasil, é que nos EUA ele aprende apenas a operar a loja, ou seja, técnicas de execução e divulgação dos produtos e serviços da unidade. Aqui, tivemos de desenvolver treinamentos de gestão de pessoas e finanças, tratando os Franqueados como empresários.

Mapa das Franquias: A conjuntura econômica faz com que as pessoas pensem mais antes de gastar. Isso vale para consumidor final e para franqueado?

Fábio Cesar Di Mauro: Com relação ao faturamento das unidades, isso tem ajudado, pois as pessoas se viram com orçamento mais apertado por conta da crise e, dessa forma, procurado nossas lojas para reformar, reciclar e manter por mais tempo seus calçados, roupas e bolsas usados.

O consumidor, que conserta esses artigos em nossas lojas, economiza em média 30%, caso ele fosse gastar comprando os mesmos artigos novos. Essa economia e conscientização das pessoas em usar por mais tempo itens que ela já possui, tem feito nossas lojas, desde 2015, crescerem em média de 20% a 25% ao ano, em termos de faturamento bruto.

Com relação a venda de franquias, ou seja, entrada de investidores e empresários para serem franqueados da rede, o que percebemos nesse ano de 2017, onde a Minha Costureira Meu Sapateiro começou a vender franquias, foi que nosso valor de investimento, em torno de R$ 130.000,00, é um valor considerado alto para quem está chegando no mercado de franquias agora. As pessoas que nos contatam possuem em média R$ 50.000,00 a R$ 80.000,00 pra investir e, no caso da nossa marca, recomendamos que o investidor tenha pelo menos R$ 100.000,00, pois nosso negócio precisa ter um ponto de venda, com instalações, equipamentos, funcionários, etc. Fica difícil abrir uma loja com menos que isso. Outra dificuldade que vemos também é que, franquia, por mais arriscado que seja, o investidor brasileiro procura sempre segurança e não admite perder o dinheiro. Então, quem tem R$ 100.000,00 ou mais pra investir, opta por uma franquia mais consolidada no mercado, ou seja, com mais lojas, mais conhecida, que o investidor acaba levando em conta como garantia de que aquele negócio vai funcionar porque mais gente conhece. Aí a Minha Costureira Meu Sapateiro fica em desvantagem, pois começamos a expandir por franquias este ano.

Mapa das Franquias: Que benefícios um novo franqueado pode esperar ao se juntar à rede? E quais desafios?

Fábio Cesar Di Mauro:  O Franqueado que se juntar a marca Minha Costureira Meu Sapateiro vai ter acesso a uma rede que, todos os dias, procura se renovar e estar mais inserida no dia a dia das pessoas, sempre com agilidade, relevância e pensando no digital. Hoje, recebemos serviços de clientes de todo o Brasil, que não encontram nossos serviços especializados de consertos de calçados e bolsas onde moram. Além disso, o Franqueado terá acesso a todo um conhecimento de mercado de lojas que operam há mais de duas décadas com muito sucesso. O Franqueado terá segurança e diretrizes para conduzir seu ponto de venda, e vai fazer parte de um negócio que, com a crise econômica tem crescido muito, que é o da renovação de artigos usados. Hoje, usar por mais tempo as roupas e calçados usados, significa gastar menos. É uma atitude mais barata e, também, com menos impacto ambiental, decorrentes da produção de bens de consumo.

Mapa das Franquias: Existem planos para crescer em 2018? Para onde e como?

Fábio Cesar Di Mauro:  Nossa meta em 2018 é manter o percentual de aumento de faturamento das unidades em 20%. Quanto a número de unidades, chegar a 15 pontos de vendas, hoje temos nove lojas.