Estudo da ABF mostra presença e movimentos do franchising no estado de São Paulo

Pelo segundo ano consecutivo, a ABF – Associação Brasileira de Franchising realizou um estudo a respeito da presença e dos movimentos do franchising nas 20 maiores cidades do estado de São Paulo em número de marcas e unidades. O levantamento aponta que, na comparação entre os primeiros semestres de 2017 e 2018, a exemplo do que vem ocorrendo no País, o movimento de interiorização das franquias pelo Estado prossegue, tanto quanto à abertura de unidades como em relação à chegada das redes nos diversos municípios paulistas. De acordo dados da ABF, o setor faturou no Estado R$ 65,071 bilhões em 2017, um crescimento de 10,6% na comparação com o ano anterior, quando somou R$ 58,813 bilhões. Em termos de expansão de unidades de franquias, o crescimento foi de 6% e de marcas, 10% no mesmo período. 

A cidade com maior crescimento em número de unidades de franquias foi Presidente Prudente, com variação de 13%, registrando 237 operações no período analisado. Localizado a 558 km da Capital, o município possui uma população estimada em mais de 227 mil habitantes (IBGE 2018). A renda per capita era superior a R$30 mil em 2015 e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0.806 (Censo 2010) é considerado alto. Em segundo lugar destacam-se São José do Rio Preto, com 602 unidades, e Jundiaí, com 507, ambas com 12% de crescimento. Piracicaba (377 unidades), Mogi das Cruzes (282) e Taubaté (249) ocupam a terceira posição, com variação de 11%. Ainda na casa de dois dígitos de crescimento, destacam-se em quarto lugar a litorânea Santos (518) e Indaiatuba (241), com 10%. 

Quanto à evolução no número de marcas que operam nos municípios, a cidade de Taubaté lidera o ranking de maior variação. O município do Vale do Paraíba registrou 19% de crescimento nesse aspecto. Na comparação entre o primeiro semestre de 2017 e igual período deste ano, Taubaté teve um salto de 146 para 174 redes em franquias com presença local. A cidade ficou à frente de São José do Rio Preto, com 284 marcas (16% a mais) e de São Paulo, com 813 redes (14%). Tiveram também boa variação no período as cidades de São Caetano do Sul, que figura com 206 marcas (13% a mais), Campinas (488), Santo André (326), Guarulhos (277), Santos (264) e Mogi das Cruzes, com 188 redes, e todas tiveram 12% de variação.

Para Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF, “além da Capital, o interior paulista tem se mostrado um terreno muito fértil para o franchising brasileiro. Com uma economia diversificada, empreendedores locais e o desejo dos consumidores por produtos e serviços cada vez mais sofisticados, de fato, o interior paulista reúne as condições para o desenvolvimento tanto de redes franqueadoras, como de franqueados. É o franchising chegando ao consumidor perto de sua casa”, completa.

O estudo da ABF analisou também a distribuição dos 20 municípios com maior número de unidades e redes de franquias pelas mesorregiões do Estado, segundo a classificação do IBGE. Em unidades, a região metropolitana de São Paulo – que concentra 51% da população paulista – reúne 45% dessas cidades. A região de Campinas, a Macro Metropolitana Paulista (formada por Bragança Paulista, Piedade, Sorocaba, Jundiaí e adjacências), e o Vale do Paraíba detêm 10% dos municípios listados. 

De acordo com Vanessa Bretas, gerente de inteligência de mercado da ABF, “o ranking da presença do franchising no estado de São Paulo é coerente com a população dessas mesorregiões e com o avanço do próprio setor em todo o Estado. Ele nos mostra que as marcas estão indo cada vez mais ao encontro dos consumidores, e com planejamento consolidam a presença das franquias de forma cada vez mais pulverizada”, observa.

Em números absolutos, a capital paulista lidera o ranking de municípios com maior volume de unidades e redes de franquia no Estado. Foram registradas 11.610 operações em São Paulo no primeiro semestre de 2018 (variação de 4% em relação ao mesmo período do ano passado) e 813 marcas atuantes. Porém, observa-se um menor índice na variação do número de unidades na Capital, indicando uma maior expansão das redes no Interior.