Espírito empreendedor, flexibilidade e satisfação pessoal motivam jovens a investir em franquias

Foi-se o tempo em que o sonho de um jovem recém-formado na faculdade ou dando seus primeiros passos na carreira profissional era entrar em uma empresa renomada e permanecer nesta organização por décadas, até alcançar a sonhada aposentadoria. As tendências comportamentais do mundo contemporâneo apontam para direções bastante diferentes: mais do que apenas uma fonte de renda o trabalho precisa também ser uma fonte de prazer, de desafio e de enriquecimento pessoal. Uma vez que a autonomia e a liberdade também são extremamente valorizadas, jovens profissionais estão assumindo cada vez mais uma tendência empreendedora – e, cada vez mais, vêem nas franquias um caminho a trilhar.

Júlia Dominici Casetta, 27 anos, de Americana (SP), é franqueada da rede The Kids Club, especializada em ensino de inglês para crianças. “Eu fiz administração porque não tinha muita clareza quando prestei vestibular, mas tinha estudado inglês minha vida inteira e adorava. O conhecimento na língua me levou a conseguir um emprego em uma multinacional austríaca, mas a remuneração era baixa e, embora eu tenha aprendido bastante, não conseguia ver perspectivas reais para o meu crescimento profissional. E eu também sentia que precisava fazer algo que me fizesse sentir uma paixão que lá eu não sentia”, conta

A insatisfação também advinha, segundo a jovem, da rotina repetitiva e das várias horas sentadas diante de um computador dentro de um escritório – argumento que tem levado profissionais de diferentes áreas a arriscarem novos destinos. Com a ajuda do pai, Júlia passou a pesquisar possibilidades de franquias para tornar-se uma empreendedora, mas em princípio os investimentos solicitados eram muito altos para as suas possibilidades. Foi quando conheceu, por meio de uma revista, a The Kids Club. “Eles tinham um modelo que me permitia trabalhar da minha própria casa e que cabia no nosso bolso. E, o mais importante: eu ia poder trabalhar com uma coisa que eu sempre amei, que é o ensino e aprendizagem da língua inglesa”, pontua Júlia.

A transição ocorreu em junho do ano passado. “Eu ainda estou aprendendo como conquistar novos clientes, mas já tenho alguns alunos e me sinto amadurecendo rapidamente. Também voltei a estudar inglês, para me aprimorar”, conta a jovem franqueada. Agora, segundo ela, as expectativas quanto ao futuro são bem diferentes. “Mesmo com as dificuldades, é muito bom ter flexibilidade de tempo, poder organizar minha rotina. O suporte da franquedora me ajuda na tomada de decisões mais estratégicas. Sinto, agora sim, que estou seguindo em frente com um sonho que é meu”, completa.

Amadurecendo em parceria

Se por um lado pode existir uma certa inexperiência por parte dos jovens empreendedores franqueados, por outro existe uma maior ousadia, assim como maior frescor e abertura para novas possibilidades. Foi exatamente com esta visão que Danilo Félix de Souza, de 28 anos e Stefany Gomide Machado, de 27, decidiram há três anos por abrir uma loja da rede Dr. Shape na cidade de Goiânia (GO). O casal trilhava a busca por mais estabilidade financeira – ele na área de Engenharia e ela estudando para concursos públicos. “Nós ainda morávamos com nossos pais e percebemos que, nos caminhos que estávamos seguindo, seria complicado ter uma solidez financeira junto com uma autonomia profissional”, explica Stefany.

Foi quando veio a ideia de empreender. Após também fazerem várias pesquisas, Danilo e Stefany encontraram na Dr. Shape uma opção que, além de oferecer o suporte e as oportunidades de mercado que buscavam, também os permitiria trabalhar na área de saúde e fitness, interesse presente na vida de ambos. Hoje casados, os dois já colhem os frutos da escolha, com uma loja de suplementos reconhecida em sua região e planos de expansão. “Tivemos a sorte de contar com o suporte familiar e dos amigos, que sempre acreditaram em nós. Nunca duvidaram que daria certo pela nossa idade ou inexperiência, mas nós sabíamos que era um risco. Talvez fosse mais complicado tomar essa decisão se fôssemos mais velhos, já com filhos e uma vida mais estruturada. Sinto que escolhemos a opção certa no momento certo”, aponta Stefany.

César Augusto do Nascimento, de 33 anos, franqueado da rede Água Doce na cidade de Blumenau (SC), também acredita que existe um momento ideal para a tomada da decisão em empreender – um momento da juventude que proporciona mais assertividade a esta decisão. “Eu acho que com vinte e poucos anos seria muito cedo para este tipo de negócio, que pede muito envolvimento e um alto investimento. Acredito que quando somos muito jovens acabamos mudando de ideia facilmente, depois, vamos serenando um pouco mais. Porém, aquele espírito do risco, e que também está ligado à juventude, é importante, bem como um certo desprendimento no sentido de lançar-se por inteiro e com toda a energia à empreitada que é um negócio”, explica.

O pai de Nascimento é franqueado da rede Água Doce há aproximadamente 12 anos e outros familiares também administram unidades da rede em toda a região sul do estado de Santa Catarina. “Eu posso dizer que tenho esse espírito empreendedor e que para mim foi uma escolha natural. Sei também o quanto tenho aprendido na prática com meu próprio negócio, sempre a partir de um olhar de gerência operacional que trago das experiências como empregado nos outros restaurantes. Soma-se a isso o trabalho do seu sócio, Marcelo Justi que se dedica à parte mais estratégica do negócio”, sinaliza o jovem, que atua na área de gastronomia há 20 anos.

Casado, ele indica ainda a importância do suporte da esposa, que mudou-se com ele de Joinville para Blumenau e que hoje é sua parceira também nos negócios. “O caminho natural é a expansão e é para este horizonte que olhamos. Ainda temos muito a aprender. Existem momentos difíceis, mas não o suficiente para nos fazer duvidar do caminho que escolhemos”, finaliza.

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