Covid-19: Empresas adotam videoconferências e usam tecnologias para se aproximarem de investidores

É de conhecimento de todos que a Organização Mundial de Saúde decretou pandemia em relação ao novo coronavírus – COVID-19. A orientação da OMS é que a população evite sair de casa e ficar em aglomerações. Em diversos estados do país, governantes decretaram quarentena por duas semanas para evitar a proliferação do vírus no Brasil.

Ainda não há uma perspectiva de melhora, por isso, muitas redes passaram a adotar métodos emergenciais para que os danos sejam os menores possíveis. Por isso, as videoconferências e outras tecnologias se tornam essenciais para que empresários sigam seus planos de negócio.

Richard Mendonça, sócio executivo e CEO da Phi Concept, conta que após a determinação no Estado de Santa Catarina – onde a rede de procedimentos estéticos faciais tem sede e uma das primeiras regiões a aderir o isolamento, a franquia passou por uma readequação de agenda. “Quando aderimos ao isolamento voluntário, nós possuíamos reuniões e visitas agendadas, então como medida, passamos a disponibilizar um canal de atendimento online para dar continuidade nos trabalhos remotamente”, comenta.

Já José Roberto Campanelli, fundador e diretor da Mary Help, pioneira para intermediação no serviço de diaristas, conta que a rede sempre atendeu os investidores online. “Sempre atendemos os interessados em se tornar franqueado sem a necessidade de reuniões presenciais. Contamos com sistemas que possibilitam isso, atuamos através da troca de e-mails, circular de oferta, reuniões virtuais, desde a apresentação inicial da franquia até o fechamento do negócio”, pontua.

A Seguralta, rede de franquias de corretora de seguros, conta que desde o início da pandemia, todas as reuniões passaram a ser online. “Felizmente já tínhamos uma base bem estruturada de atendimento multicanais, tecnologia é um investimento muito importante para nós. Todas nossas reuniões e conferências passaram a ser online, inclusive com nossos gestores e dentro dos próprios departamentos com os colaboradores, cada um em suas casas. Com clientes abrimos ainda mais a comunicação por meio das redes sociais”, comenta Reinaldo Zanon, CEO da rede.

A CEO da Espaço Nails, rede de franquias de cuidados para as mãos, Kelly Nogueira, já está buscando alternativas para beneficiar os franqueados nesse momento de incerteza. “Nossas reuniões estão sendo feitas através de vídeo chamadas e participações em eventos foram canceladas. Estamos atendendo possíveis novos franqueados de maneira online e seguimos analisando a melhor forma de aliviar esse momento difícil para nossos franqueados que tiveram suas atividades pausadas”.

Lucilaine Lima, fundadora do Instituto Gourmet, rede de franquia de ensino profissionalizante em gastronomia, acredita que esse momento é crucial para que as franquias minimizem danos. “Nossas atividades presenciais estão paralisadas no momento e todos nossos funcionários estão trabalhando em formato home office, além disso, nossa orientação é que nossos franqueados mantenham os alunos com conteúdo diário, enviando pequenas pílulas de conteúdo em vídeo e incentivando que treinem em casa o que é aprendido em aula”, comenta.

Mario Gasparini, CEO de Varejo e Franquias da Primicia, rede de franquias de acessórios para viagem, conta que nesse momento a prioridade é a saúde e bem-estar de todos. “Nossas reuniões estão mantidas via Skype e estamos replanejando a nossa expansão para esse ano”, afirma. Em relação aos novos investidores, a marca continuará com o projeto Risco Zero, que consiste em, se o franqueado seguir à risca a cartilha da franqueadora e não performar no prazo estimulado de retorno, a Primicia recompra a unidade com o valor do investimento inicial. “Acreditamos no sucesso do negócio e sabemos que quem investir terá retorno financeiro, então, criamos esse projeto para mostrar essa certeza ao mercado”, completa Gasperini.

Mas nem tudo são espinhos durante a crise, a diretora de Novos Negócios da Neo Delivery, franquia de aplicativo de entrega via moto frete, Julie Ane, conta que com as medidas, o cronograma de implantação da rede foi alterado, mas para o setor de delivery as expectativas são positivas. “Estamos orientando nossos franqueados à iniciarem as operações até o começo de maio deste ano. Somos focados no delivery, só no início da pandemia, o setor teve um aumento de 40% nível nacional. Já esperamos ter mais de 20 franquias nesse primeiro semestre do ano”, afirma.

Já o N1 Chicken, rede de franquias focada em delivery de frango frito, já prevê um crescimento de 45% nas vendas até o final do mês de março. “Desde a primeira semana que foi aconselhado a quarentena, nossas vendas cresceram consideravelmente”, finaliza Luiz Henrique Castro, gerente de expansão da marca.