Capital paulista registra alta no faturamento do comércio eletrônico no terceiro trimestre de 2016

Depois de apresentar recuperação no faturamento em algumas regiões do interior paulista no segundo trimestre, o comércio eletrônico em 16 regiões do Estado de São Paulo, incluindo a região metropolitana de São Paulo (RMSP), apresentou queda em 15 delas no terceiro trimestre de 2016. Os dados são da pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit. De julho a setembro, apenas a Capital (17,9%) registrou elevação no faturamento na comparação com o mesmo período de 2015. Os destaques negativos foram observados nas regiões de Marília (-37,3%), Taubaté (-31,4%) e Litoral (-30,3%). 

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit (PCCE) traça as comparações entre o faturamento mensal do e-commerce e das lojas físicas no Estado, segmentadas em 16 regiões. Também são disponibilizados dados de números de pedidos, tíquete médio e variações reais das vendas do setor. 

Entre as dezesseis regiões paulistas, as maiores participações do e-commerce no varejo foram observadas na Capital (3,6%), Litoral e Araraquara, ambas com 2,3%, e ABCD (2,2%). Já as de menor representatividade foram Ribeirão Preto (1,5%), Sorocaba, Jundiaí e Marília, todas com 1,6%. No Estado de São Paulo, essa participação foi de 2,4%. 

Com relação ao tíquete médio, os maiores valores por pedido foram registrados nas regiões de Araraquara (R$ 471,72), Sorocaba (R$ 427,54) e São José do Rio Preto (R$ 427,09). Em contrapartida, os menores valores foram vistos nas regiões do ABCD (R$ 345,61), Osasco (R$ 347,49) e Capital (R$ 353,01). Já a despeito do número de pedidos, as regiões da Capital (4,5 milhões), Campinas (646 mil) e Osasco (583 mil) apresentaram os maiores resultados no terceiro trimestre de 2016. Por outro lado, as regiões que registraram os menores pedidos foram Araçatuba (99 mil), Presidente Prudente (127,2 mil) e Marília (127,3 mil). 

Para a Assessoria Econômica da FecomercioSP, a desaceleração das vendas do varejo vem sendo sentida tanto no varejo físico como no varejo eletrônico, reflexo dos efeitos da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego. 

O faturamento do comércio eletrônico no Estado de São Paulo registrou queda de 6,6% no terceiro trimestre, de 4,4% no acumulado do ano e 4,6% no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o pior resultado da série histórica. Já o varejo paulista exibiu crescimento de 1,7%, leve recuo de 0,7% e queda de 2,8% nas vendas nessas mesmas bases comparativas. 

Parte desse comportamento diverso pode ser explicado, segundo a Federação, pela forte base de comparação, já que o comércio eletrônico passou a sentir os efeitos da crise com maior intensidade em meados de 2015, enquanto o varejo paulista já apresentou queda nas vendas em 2014. Além disso, a variedade de produtos comercializados nas operações realizadas pela internet (que concentra uma parcela razoável de produtos eletroeletrônicos e eletroportáteis), tende a apresentar uma demanda mais elástica que itens de primeira necessidade, tais como alimentos e medicamentos. Por esta razão a recuperação acontece, no primeiro momento, no varejo físico.

Desempenho estadual

Após registrar alta no segundo trimestre de 2016, o comércio eletrônico voltou a apresentar queda no faturamento real (já descontada a inflação) no terceiro trimestre do ano passado. No período, o setor faturou R$ 3,4 bilhões, retração de 6,6% na comparação com o mesmo período de 2015. Já no acumulado do ano até setembro, o faturamento do setor registrou queda de 4,4% e em 12 meses retração de 4,6%, o pior resultado da série histórica. 

A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista no terceiro trimestre ficou em 2,4%, leve queda de 0,2 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o mesmo período de 2015. Com relação ao número de pedidos, o montante subiu 1,4%, passando de 9,076 milhões para 9,201 milhões. 

O valor médio por pedido registrou queda de 7,9% no terceiro trimestre de 2016, passando de R$ 404,41 no mesmo período de 2015 para R$ 372,63. 

Para a Assessoria Econômica da FecomercioSP, a desaceleração das vendas do varejo vem sendo sentida tanto no varejo físico como no varejo eletrônico e isso é reflexo da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego. 

O faturamento do comércio eletrônico registrou queda de 6,6% no terceiro trimestre, de 4,4% no acumulado do ano e 4,6% no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o pior resultado da série histórica. Já o varejo paulista exibiu crescimento de 1,7%, leve recuo de 0,7% e queda de 2,8% respectivamente nas vendas nessas mesmas bases comparativas. Parte desse comportamento diverso pode ser explicado, segundo a Federação, pela forte base de comparação, já que o comércio eletrônico passou a sentir os efeitos da crise com maior intensidade em meados de 2015, enquanto o varejo paulista já apresentou queda nas vendas em 2014. Além disso, a variedade de produtos comercializado nas operações realizadas pela internet (que concentra uma parcela razoável de produtos eletroeletrônicos e eletroportáteis), tende a apresentar uma demanda mais elástica que itens de primeira necessidade, tais como alimentos e medicamentos. Por esta razão a recuperação acontece, no primeiro momento, no varejo físico. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit (PCCE) para o Estado de São Paulo é realizada com dados fornecidos pela Ebit e permite análise sobre a participação do comércio eletrônico no varejo paulista. As informações são segmentadas pelas 16 regiões definidas pelas Delegacias Regionais Tributárias que englobam todos os 648 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.

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