Alta do consumo das famílias melhora confiança dos empresários e expansão do comércio avança

O Índice de Consumo das Famílias (ICF) obteve, em setembro, sua segunda alta consecutiva (2,7%). Com isso, a confiança do empresário registrou elevação de 5% após cinco quedas seguidas. Houve aquecimento nas intenções dos empreendedores em investir e fazer novas contratações, e o Índice de Expansão do Comércio (IEC) subiu 6,9%, depois de três baixas nos meses anteriores.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o panorama econômico apontou melhoras em setembro devido à entrada de mais dinheiro no mercado, após o pagamento da primeira parcela do 13º para os aposentados e a liberação de recursos do PIS/FGTS. Além disso, houve aumento no índice de emprego, a inflação está controlada e os juros caíram.

Com os juros em queda, as instituições financeiras procuram rentabilidade no mercado e facilitam a obtenção de crédito, o que também impulsiona a alta da confiança das famílias e dos empresários, com mais dinheiro em circulação para quitação de dívidas e aquisição de mercadorias.

Contudo, a Federação recomenda que os comerciantes ainda não alterem os preços dos produtos e mantenham a estratégia de liquidações do primeiro semestre, pois parte desse recurso que foi injetado na economia será utilizado para o pagamento de dívidas e a capacidade de consumo ainda está limitada.

ICF

O Índice de Consumo das Famílias (ICF) aumentou 2,7% em setembro, passando de 93,5 pontos em agosto para os atuais 96 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, registrou alta de 9,7%.

Dos sete itens analisados, todos registraram alta na passagem de agosto para setembro, com destaque para momento para duráveis (4,8%) e acesso ao crédito (3,9%). Porém, mesmo com esses avanços, encontram-se abaixo dos 100 pontos.

ICEC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou alta de 5% em setembro, 115,3 pontos, ante os 109,8 pontos de agosto. Na comparação com setembro de 2018, a elevação foi de 13,2%.

IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) se recuperou em setembro e aumentou 6,9% – 98,8 pontos em agosto para os atuais 105,6 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 12,2%. Os dois quesitos do IEC subiram na passagem de agosto para setembro: a propensão do empresário a investir (7,9%) e a expectativa de novas contratações (6,3%).

Notas metodológicas

ICF

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito; nível de consumo atual; perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de 0 a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

ICEC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que por sua vez pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.