Padronização em franquias: os desafios de levar a cultura de Minas para o Brasil

Todos os países, regiões e estados carregam em si características próprias que encantam seus habitantes e, também, turistas. Na gastronomia, por exemplo, Porto Alegre é a terra do churrasco e do bom chimarrão. São Paulo tem seu famoso pão com mortadela e Minas Gerais tem o melhor “cafezinho” e pão de queijo do país. Levar essas regionalidades de forma fidedigna a pessoas de diferentes tipos, estilos e culturas não é uma tarefa fácil, exige muita dedicação, padronização e profissionalismo.

Quando idealizei a Cherin Bão, tinha como objetivo levar um pedaço de Minas Gerais para todos os cantos do Brasil. Mineiro de coração e apaixonado pelo café da roça, não podia perder a oportunidade de compartilhar com o mundo uma das grandes riquezas desse charmoso estado. Para isso, procurei conhecer melhor as características que mais me encantavam e, que na minha opinião, mereciam ser repassadas e disseminadas. Uma delas é a simplicidade que permeia toda a cultura da região, desde o vocabulário até a preparação de quitutes no fogão à lenha. Dessa forma, surgiu o conceito da Cheirin: trazer o charme do campo para cidade, através da simplicidade de um café gourmet coado no pano.

Porém, apesar de na teoria esse processo de construção e posicionamento da marca parecer simples, um grande desafio a ser enfrentado na constituição de qualquer rede de franquias é a sua padronização. Ou seja, a formação de um modelo de negócio eficiente, baseado na qualidade e excelência da gestão. Para tanto, alguns quesitos devem ser analisados com atenção como, por exemplo, o estabelecimento de boas parcerias, os processos produtivos adotados e a capacitação dos profissionais envolvidos.

Sem dúvida alguma, grande parte do seu sucesso virá como resultado de sua relação com seus stakeholders, também conhecidos como fornecedores, parceiros, empregados, etc. Construir relacionamentos que tenham como premissas básicas comprometimento, profissionalismo, qualidade e confiança, é de extrema importância para a consolidação da marca.

Já a parte operacional do negócio deve se estruturar através de um sistema de gestão de informação que garanta a padronização das práticas e processos da franquia, desde o manuseio, preparação, apresentação até a entrega do produto ao consumidor final. Para que tudo isso ocorra como o previsto, é imprescindível investir na qualificação constante dos funcionários através de treinamento e acompanhamento.

São muitos os desafios a serem enfrentados tanto para consolidar uma nova rede de franquias, como para compartilhar e disseminar uma cultura ou ideia por todo o país. É necessário muito estudo, profissionalismo e foco para manter seu objetivo final sempre em evidência. No meu caso, nunca me esqueço, mais do que convidar para um cafezim, quero incentivar meus clientes a viverem essa experiência, moendo o próprio grão, conhecendo a história do produto e sentindo esse cheirin de café coado na hora. É bão demais da conta, sô!

Thiago Samuel é um experiente executivo do setor de franquias e fundador do Cheirin Bão, pertencente ao Grupo TS Franquias.

Juliana Colognesi – InformaMídia

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