Microfranquias crescem na crise e chamam a atenção de investidores de Guarulhos (SP)

Em dias de recesso econômico e redução nos postos de trabalho, empreender pode ser uma alternativa viável para garantir uma boa renda no final do mês. Dentro do contexto, as microfranquias tem se destacado por ser uma possibilidade mais acessível para quem não tem tanto dinheiro para investir. O modelo exige um investimento relativamente baixo, estipulado em até R$80 mil.

No Brasil, a aceitação das micros é muito grande e segue há anos em desenvolvimento. Quem confirma a questão é a Associação Brasileira de Franchising – ABF. Segundo estudos divulgados pela entidade, em 2011 havia 336 redes classificadas como microfranquias no país, em 2012, o número passou a 368 – uma alta de 9,5%. Em 2013, o total do negócio atingiu 384 – crescendo 4,3%. Já em 2014, chegou a 433 com crescimento de 12,8% em comparação ao ano anterior. Esses são dados mais recentes divulgados pela ABF.

Felipe Buranello é diretor da rede de franquias Maria Brasileira. A empresa com foco em limpeza e cuidados domésticos entra no quesito micro por estabelecer modalidades com investimento inicial de R$19 mil a R$45 mil. Com três anos no mercado e com crescimento acelerado, o diretor explica porque o modelo é um bom negócio. “A taxa de mortalidade de empresas no Brasil é alta. Pesquisas mostram que 80% dos pequenos negócios independentes desaparecem antes de completarem 10 anos. O franchising oferece algo já formatado, com padrões, regras e com suporte de uma empresa já estabelecida, reduzindo o risco de perder o investimento realizado”, falou.

“A microfranquia é uma boa opção, mas é preciso dedicação e disposição para conduzi-la”. A observação é de Felipe! Ele explica que apesar das estatísticas, é preciso empenho. “Muitas pessoas acreditam que ter o negócio próprio é apenas delegar funções e cruzar os braços, mas não, é preciso muito trabalho. O franqueado tem que arregaçar as mangas e ir à luta, ser um membro eficiente da sua equipe. Nós oferecemos todo o suporte e o ajudamos a ingressar nesse universo, mas ele precisa ter força de vontade. É um trabalho de equipe”, explicou o diretor, dizendo que, aliás, o quesito suporte é muito importante. “Com esse apoio, o investidor tem o auxílio necessário na prospecção e manutenção dos clientes, na gestão do negócio e nas demais atividades que são realizadas pela unidade”, esclareceu.

Para os cunhados Claudio Rogerio Michelini Costa, 29 anos, e Vilson Oliveira Silva, 27 anos, moradores de Guarulhos (SP), o conceito acima não é segredo. Os jovens são sócios e acabaram de entrar para o franchising por meio da Maria Brasileira. “Sabemos que conduzir um empreendimento próprio envolve muitas responsabilidades, mas esse é o segredo do sucesso. Escolhemos empreender já sabendo que precisamos nos dedicar muito. Ao analisarmos, vimos a grandeza da marca e o amparo que ela dá a todos os seus franqueados. Temos força de vontade e sabemos que iremos longe com essa ajuda”, explicou Costa.

A atividade no ramo de serviços foi um fator determinante para a escolha dos empresários. “Mesmo em época de crise, o serviço é uma atividade que as pessoas não deixam de contratar. Ainda mais com a aprovação da PEC das domésticas, a procura por diarista tem tido muita demanda. Dentro desse contexto, percebemos que as pessoas buscam por opções que facilitam a vida delas, principalmente que proporcionem economia e de qualidade”, falou o jovem.
Multisserviços em Guarulhos

Com a percepção desse desenvolvimento, os sócios apostam no leque que a Maria Brasileira oferece para conquistar o mercado de Guarulhos. O portfólio inclui: babá, bom vizinho, cozinheira, cuidador de idosos, passeador de cães, jardinagem, limpador de piscina, limpeza, motorista, pós-obra, passadeira, pet sitter (profissional encarregado para satisfazer as necessidades de proprietários de cães e gatos que por algum motivo precisam se ausentar de suas residências e necessitam de alguém de confiança para cuidar dos mesmos), recrutamento e seleção; contratação efetiva de profissionais domésticos, terceirização e zeladoria; contratação de profissionais para limpeza e conservação para locais com grande fluxo de pessoas como estabelecimentos comerciais.

“Acreditamos que aqui na cidade haverá mais procura por diaristas, pós-obra, babá e cuidador de idosos”, ressalta Claudio, sobre as suas expectativas derivadas de estudos que fez sobre o mercado. Inaugurada recentemente, os parceiros seguem ansiosos e otimistas a respeito do sucesso do negócio. “Queremos nos tornar referência aqui na cidade e para isso não mediremos esforços para executar um bom trabalho”, finalizou.

Clique aqui e cadastre-se para receber informações exclusivas. É gratuito