Halipar incentiva participação das mulheres nos negócios

Mais de 100 unidades da Halipar (Holding de Alimentação e Participações), um dos maiores grupos do franchising nacional, são administradas por mulheres. O número representa cerca de 30% do total de lojas das quatro redes da holding: Griletto, Montana Grill, Jin Jin e Croasonho. Segundo pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Brasil conta com 23,9 milhões de mulheres empreendedoras e, segundo a Rizzo Franchise, as franquias operadas por mulheres têm faturamento 32% maior do que aquelas comandadas por homens. “A rentabilidade também é 24% maior e as principais razões são: mulheres dedicam-se ao negócio com intensa presença no ponto de venda, enquanto homens delegam a operação mais rapidamente. Elas também são melhores formadoras de equipes, reduzindo a rotatividade de mão de obra e, portanto, despesas com pessoal; e no treinamento elas `querem aprender pois é o negócio da vida`, os homens `já sabem`”, explicou o consultor Marcus Rizzo.

Ricardo José Alves, CEO da Halipar, concorda. “As mulheres são mais detalhistas, preocupadas e engajadas. Num sistema de franquias, que requer que regras sejam seguidas, essas qualidades ajudam muito”, argumentou.

Mulheres da Halipar

No próximo dia 1º de junho, Fátima Fernandes celebra dez anos da abertura da unidade Boulevard Brasília da rede Montana Grill. Hoje, ela é a maior franqueada da marca na região Centro-Oeste, com quatro lojas em Brasília. “Há dez anos visto essa camisa com muita paixão. Tenho orgulho de ser franqueada do Montana Grill e vejo minha relação com a marca como um caso de amor, mesmo”, conta. Fátima mostra-se otimista com o cenário do empreendedorismo feminino no Brasil. “Tem muita mulher melhor que homens no mercado, sim. Se a pessoa for boa, não interessa o sexo. Tem que ter foco, saber o que quer e lutar. É uma luta diária em busca de um objetivo. Posso afirmar que lutei muito por tudo isso que construí, e sou orgulhosa pelo que o Montana me proporciona.”

Glauce Yumi Correa Barderi é franqueada de duas lojas da Croasonho em Santo André, no ABC paulista. Formada em enfermagem, ela passou por uma série de experiências antes de decidir abrir seu próprio negócio. “Enfrentei preconceito dos fornecedores e até mesmo de clientes, que desacreditavam do meu potencial. Aos poucos, fui conquistando meu espaço e tendo o reconhecimento pelo trabalho efetivo e o conhecimento necessário”, contou.

A comparação e a constante dúvida da credibilidade do trabalho feminino é algo frequente no dia a dia das mulheres empreendedoras. “Por ser mulher, as pessoas duvidam que o meu sucesso é fruto de trabalho duro. Geralmente, pensam que meu pai pagou por tudo ou que vim de uma família rica. Não aceitam que, nós mulheres, trabalhamos duro para chegar onde chegamos”, completou Evelyn Tanache Rodrigues, franqueada de duas unidades da rede Jin Jin em Uberlândia (MG). “Se foi difícil? Foi e ainda é. Todos os dias enfrento situações inusitadas e até mesmo preconceituosas. Mas, hoje tornei minha opinião essencial para o desenvolvimento e aprovação de ideias”, declarou.

Ao escolher empreender, os desafios são diversos. Por isso, os apoios são fundamentais. Com o suporte eficiente, principalmente no franchising, o negócio pode crescer e tornar-se uma referência. “Desde o início pude contar com o auxílio da Halipar. O treinamento, acompanhamento e a consultoria não só me prepararam, mas também me deram segurança“, contou a franqueada Lilian Cruz de Oliveira, responsável por duas unidades do Griletto em São Luís/MA. “Se em algum momento sofri algum preconceito especificamente por ser mulher, procurei não valorizar isso. Acho que a postura diante dos desafios é mais importante do que os julgamentos de fora”, completou Lilian.