Empreendedores brasileiros conquistam novos clientes através da internacionalização de franquias

Redes de churrascarias, sapatos, salgadinhos, acessórios de moda, roupas, papelaria, serviços, escola de idiomas e até cartório postal, são áreas que as franquias “Made in Brazil” estão conquistando consumidores e investidores em outros países.

Como parte da política de incentivo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), 120 marcas brasileiras já iniciaram o processo de internacionalização e a previsão para este ano de 2014 é que esse número chegue a 140.

E a opção é viável? Redes como Bobs, Giraffas, Fogo de Chão, Porcão, Rock & Ribs, Habibs, Livraria Nobel, Wizard Idiomas, Cartório Postal, entre outros, são algumas que, de olho no potencial de mercado, expandiram suas ações além fronteira e mostram que a viabilidade é complexa, mas rende bons resultados.

No entanto, segundo estimativas do mercado, o investimento inicial para uma unidade no exterior não é nada razoável. Para internacionalizar uma unidade em países da América do Sul (Colômbia ou Argentina), por exemplo, o investimento inicial é a partir de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,39 milhões). Este montante leva em conta a dimensão das unidades, equipamentos e à sofisticação do espaço.

Um dos exemplos do know how brasileiro é a proposta da rede American Prime, que deverá inaugurar três unidades em Miami e Orlando, nos Estados Unidos, até 2017. A rede conta com duas unidades no Brasil e abriu a primeira filial em São Bernardo do Campo, no Golden Square Shopping Center (ABC Paulista) no final de março.

Segundo Ricardo Morti, sócio-proprietário da rede, dos 100 pedidos de franqueados que eles recebem por mês, quatro são de interessados estrangeiros. “Nossos restaurantes são focados na família, com um ambiente aconchegante e bastante jazz e blues”, diz o empresário.

A experiência adquirida pelos empresários brasileiros aliada a percepção de possibilidades em mercados com economias emergentes e também em mercados já consolidados, está levando cada vez mais empreendedores a apostarem em outras culturas de consumo ao redor do mundo.