Após serem demitidos, empreendedores utilizam rescisão salarial para abrir franquias

Crise, inflação e falta de perspectiva. Nunca se ouviu tanto essas palavras como na atual fase em que o país está passando. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego chegou 6,7% em maio deste ano, sendo que em 2014 estava em 4,9%. O índice é o maior registrado desde 2002.
Com a rescisão em mãos, muitas pessoas se questionam se o que o problema não pode significar uma oportunidade. E o que muitos têm feito é entender que sim, que o desemprego pode ser o pontapé inicial para se colocar em prática o sonho de ser dono de um negócio próprio, por exemplo.

Entre as pessoas que pensam assim, uma alternativa recorrente tem sido investir em franquias. Por serem marcas já consolidadas, as franquias representam negócios de baixo risco, que já foram testados e fornecem manuais detalhados e consultoria para que as unidades prosperem. As redes que possuem baixo investimento são as que chamam mais atenção, pois requerem um aporte de até R$ 20 mil, valor considerado acessível para quem quer ter negócio próprio.

Confira algumas histórias recentes que exemplificam a situação.

De barcos de luxo para o ramo dos cosméticos
O empresário paulista Lucas Ducatti, de 28 anos, trabalhava há quase dois anos como gerente administrativo em uma empresa de barcos de luxo quando recebeu a notícia de que seria demitido. “Fiquei bastante preocupado e comecei a procurar emprego em diversas empresas”, afirma Ducatti.

Após realizar diversas entrevistas sem sucesso, ele decidiu usar a rescisão que recebeu para colocar em prática o sonho de ser dono de um negócio próprio. “Fiz quatro cursos no Sebrae e descobri que o ramo de beleza não costuma ser afetado quando passa por uma crise, por isso escolhi uma franquia no setor: a Miss Pink”. Como o empresário, Ducatti não tinha qualquer experiência, muito menos no ramo de cosméticos. Assim, decidiu convidar a sócia Regina Viola para participar da sociedade. “Hoje eu consigo colocar as minhas ideias em prática e tenho total liberdade para gerenciar o meu negócio com mais profundidade”, garante Ducatti.

Com um conceito inédito de loja itinerante de cosméticos, a rede Miss Pink, fundada pelos sócios Pedro César e Maitê Pedroso, permite que o franqueado consiga trabalhar dentro de sua própria casa, ou criando parcerias com estabelecimentos comerciais. Ao adquirir uma unidade da Miss Pink, o franqueado recebe um móvel compactado de fácil locomoção, além de R$ 7 mil em produtos variados, como batom, rímel, sombra, cremes hidratantes e esmaltes.

A microfranquia é uma opção para quem deseja atuar no setor de cosméticos investindo muito pouco. No caso da Miss Pink, são necessários R$ 19 mil para o estoque inicial de produtos e taxa de franquia.

Um elefante no fim do túnel
Leandro Berci, de 33 anos, era coordenador de uma multinacional em Sorocaba(SP). Com a crise após a Copa do Mundo, a empresa em que ele trabalhava foi vendida, sendo que nesta nova multinacional o seu cargo não existia. Para piorar, ele precisou se afastar por três meses devido a uma cirurgia no joelho e, quando retornou, foi demitido.

O acontecimento acabou despertando uma vontade antiga: se tornar um empreendedor. “Sempre tive vontade de empreender, mas começar um negócio do zero é muito difícil, então surgiu a ideia de utilizar o modelo de franquia para empreender”, afirma Berci. “Hoje, trabalho mais do que na época em que era coordenador, mas minha rotina é muito mais gratificante, pois os resultados são diretamente proporcionais ao esforço aplicado no trabalho”.

Berci e o seu sócio Fábio Rocha escolheram investir na rede de franquias de marketing digital Elefante Verde, empresa que desenvolve ações para PMEs. O setor segue como um dos mais promissores, pois segundo pesquisa divulgada pela Interactive Advertising Bureau Brasil(IAB), entidade representativa do setor, a publicidade digital deverá movimentar R$ 9,5 bilhões neste ano, uma alta de 14% frente a 2014.

De olho no crescimento desse mercado há alguns anos, o empresário Caio Sigaki de Mogi das Cruzes (SP), criou em 2011 o Elefante Verde. “O foco é o pequeno empresário que não tem tempo, expertise ou equipe de profissionais para lidar com os canais de web”, afirma Sigaki.

Um ano após o lançamento do Elefante Verde, Sigaki e seu sócio Fabio Duran adotaram o sistema de microfranquia. “Apenas desta forma conseguiríamos entrar em cidades pequenas e mais distantes,” explica Duran.

O Elefante Verde oferece dois modelos de franquias: light e tradicional. O light é destinado aos empreendedores de cidades com até 50 mil habitantes. Já o tradicional contempla cidades acima deste número. O investimento inicial da primeira é de R$ 13 mil. Já a tradicional varia entre R$ 32 mil e R$ 66 mil.

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